Descarte adequado de máscaras ajuda a preservar a natureza

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Aline Di Santo Chaves
Enfermeira do SCIH do Hospital Sepaco

Com a pandemia causada pelo novo coronavírus, o uso da máscara se tornou indispensável como medida de segurança para conter o avanço da doença, criando uma barreira física que impede a disseminação do vírus.

As máscaras utilizadas devem ser sempre o foco de cuidado, devido à possibilidade de contaminação pelo vírus SARS-CoV-2 independente do local ou da pessoa que a utilizou. Por isso é necessário o cuidado redobrado na hora de retirar a máscara. Somente devemos retirá-las através das tiras e, imediatamente após, higienizar as mãos com água e sabão ou com preparação alcoólica 70%.

No entanto, além de saber utilizá-las corretamente, é necessário saber descartá-las adequadamente, com atitudes conscientes que ajudem a preservar a natureza. As máscaras cirúrgicas possuem polipropileno em sua composição e este composto, quando descartado no meio ambiente, causa um enorme dano até se decompor.

Algumas recomendações devem ser seguidas no momento do descarte, de acordo com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs). Nenhuma máscara deve ser descartada em recipientes destinados aos resíduos recicláveis.

Materiais provenientes da assistência a pacientes confirmados ou suspeitos de COVID-19 são classificados segundo RDC 222/2018 e Resolução CONAMA 358, que caracteriza esses como resíduos de serviços de saúde (RSS), GRUPO A, considerados assim, potencialmente infectados. Os resíduos devem ser acondicionados em sacos brancos leitosos, com simbologia de substância infectante.

As máscaras utilizadas, assim como qualquer outro tipo de resíduo, não devem ser descartadas nas ruas, vias públicas ou qualquer local inadequado. O descarte pode ser feito junto com os resíduos comuns (sobras de comida, lixos dos banheiros) e recomenda-se que os recipientes tenham tampa e sejam forrados com saco descartável, devendo permanecer fechados segundo as boas práticas de higiene.

O Hospital Sepaco segue as recomendações dos órgãos responsáveis (ANVISA), possui o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) e cuida para que todos façam a sua parte na preservação do nosso planeta.

Sobre o autor

  • - Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    - Pós-graduada em Urgência e Emergência pelo Instituto Albert Einstein
    - MBA Gestão em Saúde e Controle de infecção pela FACEAT
    - Membro efetivo da Comissão do PGRSS (Plano de gerenciamento dos resíduos sólidos de serviço de saúde) do Hospital Sepaco