A expectativa do candidato e as técnicas colaborativas de treinamento

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Andreza Leite Miguel de Mello
Especialista em Gestão de Pessoas

Elis Regina Barbosa Lemos
Analista de Recursos Humanos
Sênior do Hospital Sepaco

O desemprego atinge elevados índices no país, conforme pesquisa realizada pelo IBGE em 2022 (9,8% em maio = 10,6 milhões de brasileiros) (1). Por consequência, aumenta também o tempo de procura por emprego, e, assim, as expectativas do candidato em processo seletivo são geralmente frustradas, expectativas essas atreladas às necessidades daquele momento. Para melhor entendimento, podemos encaixar essas necessidades humanas na teoria desenvolvida pelo psicólogo norte-americano Abraham Maslow. Quanto mais tempo durar a fase de desemprego, certamente a preocupação estará focada na fisiologia e na segurança – necessidades básicas, mas atinge diretamente a autoestima do candidato. Caso o candidato esteja empregado e em busca de um novo emprego, as necessidades anteriores estarão menos afloradas, além disso, a autoestima e a realização pessoal ganham espaço. Por isso, o recrutador deve ter extremo cuidado e sensibilidade para transmitir um resultado negativo para o candidato. É preciso estar atento ao seu contexto.

As escalas da pirâmide de Maslow são representadas de maneira didática e funcional na figura a seguir:

Figura 1: Pirâmide de Maslow


A expectativa da empresa é a de que o processo seletivo seja o mais assertivo possível e que, por meio dele, sejam aprovados candidatos alinhados às suas estratégias e à cultura organizacional, bem como que permaneçam na empresa por um tempo significativo. Atualmente, no Sepaco, em razão do Programa de Excelência no Atendimento, além das habilidades técnicas, o candidato precisa estar disposto e atender a nossos clientes de modo a considerar nossos cinco pilares de atendimento – Agilidade, Informações corretas, Resolutivi-dade, Segurança do paciente e Ética de forma humanizada e acolhedora. Para isso, é necessário um refinamento do processo e o conhecimento do perfil do candidato, por meio de entrevistas, dinâmicas de grupo e testes psicológicos.

Trata-se de um grande desafio para ambas as partes, e, uma vez escolhido, o candidato pre-cisa estar disposto a enfrentar desafios, trazer novas experiências e se dedicar a uma relevante prestação de serviços. Cabe à empresa acompanhar e disponibilizar programas de treinamen-tos no sentido de integrá-lo ao novo ambiente. É necessário direcioná-lo no desenvolvimento de habilidades. Há, além do programa de treinamento, a avaliação de desempenho, a pesqui-sa de clima organizacional, entre outras ferramentas essenciais para que isso ocorra.

A aprendizagem colaborativa é uma metodologia pautada na interação e focada no todo, de modo a buscar o compartilhamento de aprendizados. Trata-se de um método que pode ser aplicado em diversos contextos, sempre prezando pela troca de experiências e promovendo o engajamento dos participantes.

Referências bibliográficas
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999. SANTOS, Oswaldo de B. Seleção de Pessoal. In: . Psicologia aplicada à orientação e seleção de pessoal. 9. Ed. São Paulo: Pioneira, 1985. MASLOW, Abraham H. Motivation and personality. Nova York: Harper e Row, 1954.


Candidatos em processo seletivo (Banco de Imagens – Freepik)

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