A segurança dos pacientes em nossas mãos
Regiane Gimenez Mordente
Enfermeira Supervisora do Controle de
Infecção Hospitalar do Hospital Sepaco
Ao falar de prematuridade, devemos lembrar que cuidar de prematuros
representa um desafio para a equipe assistencial, tendo em vista os riscos
e as vulnerabilidades que cercam essa população desde o nascimento.
As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) devem estar entre
as preocupações da equipe multiprofissional que assiste os prematuros
durante a internação hospitalar.
A higiene das mãos é reconhecida como medida primária e essencial no
controle das infecções, mas estudos revelam que a adesão dos profissionais
à prática da higienização das mãos ainda é baixa.
A equipe multiprofissional precisa compreender que a higiene das
mãos é a medida mais eficaz de prevenir infecções. A importância
em se realizar a higiene das mãos no momento certo e com a técnica
correta é um tema amplamente abordado em nosso serviço.
A higiene simples das mãos pode ser realizada com água e sabonete
líquido, mas a eficácia dependerá da técnica e do tempo (40 a 60 segundos).
As formulações alcoólicas são uma opção, desde que não haja sujeira
visível nas mãos, com a vantagem de promover a redução microbiana
e ser realizada em menor tempo (20 a 30 segundos). Para as áreas críticas,
como a UTI Neonatal, utilizamos a clorexidina degermante, em substituição
ao sabonete líquido.
É importante lembrar que, para a correta higiene das mãos e segurança
dos pacientes, o profissional deve estar sem adornos (aliança, anel, pulseira
e relógio) e as unhas devem ser curtas, respeitando os cinco momentos
para a higienização das mãos, conforme figura 1.
