A perspectiva do colaborador quanto aos treinamentos para seu desenvolvimento profissional
Adriana Salustiano Burlina
Leticia N. de Oliveira Budoia
da Redação da Revista Scientia
Os valores humanos são essenciais no crescimento e no comportamento das instituições, pois é por meio deles que se desenvolve todo o ambiente de trabalho: “Foi-se o tempo em que as empresas, e as instituições de saúde se incluem nisso, acreditavam que seus funcionários eram apenas mais um número”. Com isso, parte-se do princípio que, através do trabalho e desempenho dos colaboradores, é que são gerados os resultados e o crescimento institucional.
Logo, fica nítida a importância de se investir em treinamento e desenvolvimento para esse público, pensando que ambas as ações vão ao encontro do planejamento estratégico da instituição, que consequentemente impacta na melhoria contínua e na qualidade dos serviços prestados.
Faz-se necessário fortalecer a ideia de que, quando falamos em treinamentos, não há gastos, e sim investimentos; não há tempo perdido, e sim ganho em serviços de qualidade. Compreende-se que os valores humanos mudam de acordo com a percepção e a concepção de cada indivíduo, acarretando influências importantes no comportamento das pessoas. Por isso, muitas vezes só tem valor aquilo que traz algum significado ou que possui alguma relevância importante na vida delas. Assim surgiu o interesse em saber qual era a visão dos nossos funcionários quanto a esse tema, pois estudos já trazem claramente o quanto líderes e gestores compreendem a importância dos treinamentos dentro do plano de melhoria contínua, qualidade e segurança nas instituições. Mas e o que pensam os colaboradores? Quais as perspectivas deles quanto aos treinamentos institucionais?
Pensando nisso, o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) disponibilizou uma pesquisa para todos os colaboradores do hospital com acesso ao Conecta Sepaco, com o principal objetivo de dar voz a esses profissionais, além de saber qual a importância e a visão deles quanto aos treinamentos institucionais.
A pesquisa foi voluntária e composta por quatro questões, sendo três de múltipla escolha, a fim de mediar a percepção do participante, e uma pergunta aberta, para que ele pudesse expressar por extenso a sua percepção. Ao todo, 481 profissionais participaram.

Na primeira questão da pesquisa abordamos o quanto o profissional acredita que os treinamentos internos contribuem para a qualidade, a segurança e o desenvolvimento do hospital. A maioria, com 76% de adesão, respondeu “muito”, conforme gráfico/figura 1, o que nos faz acreditar que estamos seguindo no caminho certo ao desenvolver nossos profissionais. Tivemos também um percentual de 21% que responderam “regular” e 0,8% ,“pouco”, o que nos faz refletir que, apesar de um percentual pequeno, existem profissionais que não conseguem dimensionar quais os objetivos da instituição em propor treinamentos e o quanto sua atuação impacta nos resultados gerais, nos trazendo a responsabilidade de atuar com esse grupo.

Questionamos também o quanto o profissional acredita que seus conhecimentos, habilidades e comportamentos podem ser aperfeiçoados através da participação em treinamentos internos. Conforme figura/gráfico 2, 76% responderam que “muito”, sendo este o maior percentual, fortalecendo o propósito do treinamento e desenvolvimento dos profissionais.
Assim como na primeira questão e apesar de um percentual pequeno de 18% para “regular” e 0,8% para “pouco”, nos causou estranheza o fato de que há profissionais que não creem ou pouco acreditam que treinamentos podem melhorar suas habilidades e conhecimentos, aumentando o nosso desafio como instituição em traçar estratégias para atuar com esses perfis.
Outra questão da pesquisa foi para que os profissionais elencassem, em uma escala de 0 a 10, o quanto julgam importante para seu desenvolvimento a realização de treinamentos internos, em que o menor valor escolhido dentro da escala foi 5, com apenas 1%, ou seja, ninguém julga a importância ser inferior a esse valor. A maioria, 73%, escolheu 10 na escala do quanto julgam importantes os treinamentos para seu desenvolvimento, trazendo imensa satisfação à instituição no sentido de que estamos no caminho certo e que nossos profissionais caminham conosco nessa importante empreitada de se desenvolver e melhorar, com o objetivo comum de fazer sempre o melhor e bem-feito, para assim proporcionar uma assistência cada vez mais segura e de qualidade para nossos pacientes.

Na questão aberta da pesquisa foi perguntado: “Na sua visão, qual o objetivo do Hospital Sepaco quando disponibiliza treinamentos para as equipes?”. Com esse questionamento foi possível conhecer um pouco melhor o ponto de vista dos profissionais quanto aos treinamentos, visto que em sua maioria tivemos relatos reforçando o contexto da importância do treinamento e desenvolvimento. No infográfico abaixo (figura 4) podemos conferir alguns deles:

Tivemos um total de 201 relatos, nenhum negativo, apenas dois diferentes do contexto acima, sugerindo rever a carga horária dos treinamentos. Entretanto, é válido ressaltar que a carga horária dos treinamentos depende muito da complexidade do tema e que o acesso ao Conecta Sepaco é liberado inclusive em smartphones. Para assim facilitar o acesso em momentos mais disponíveis e oportunos.
Acreditamos que o profissional valorizado gera mais satisfação e aumento de produtividade, pois ele se sente parte da empresa e terá mais prazer em exercer suas atividades.
Esta pesquisa, assim como esta matéria, vem reforçar para vocês, profissionais Sepaco, que nos importamos com o conteúdo a ser disponibilizado e que, ao elaborarmos os treinamentos, não temos apenas a estratégia de melhoria, mas acreditamos também em como os profissionais treinados irão se sentir (bem, felizes, realizados, etc.) ao saber que fizemos algo para eles, para que possam melhorar e se desenvolver. Assim, temos uma forte preocupação em escolher a melhor metodologia, a forma mais viável para entendimento, um design/layout diferente, para que assim o aprendizado seja atrativo e atenda a ambas as expectativas, da instituição e do colaborador.